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.Com toda discussão atual sobre a questão das cotas para negros e a questão da reparação histórica da escravidão, não é demais estudar um pouco sobre um dos fenômenos que mais repercutiram na construção identitária do Brasil.
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O livro Ser Escravo no Brasil pode ser um bom começo prá se entender todo esse processo.
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Ao folhearmos o livro, de autoria da historiadora Kátia Mattoso, num primeiro contato, observamos logo algo de muito importante para o seu entendimento. Tabelas, gráficos, números. A quantificação de elementos históricos, ou a quantificação de elementos que apenas a partir daí se tornarão históricos. Este é o primeiro sentimento em relação aquele livro.
Quando realmente paramos para ler o texto de Katia Mattoso, descobrimos aí novos atributos seus. A sua história quantitativa nos faz lembrar Fernand Braudel em seu "Mediterrâneo..." forçando-nos a imaginar as distâncias ou o os tempos para percorrê-las. Imaginar. É este o verbo que podemos recorrer quando falarmos do livro "Ser escravo...".
Kátia Mattoso nos transporta para o momento das perseguições na África, dos acordos entre os líderes africanos e os europeus, das trocas de mercadorias, das repugnantes viagens de até 70 dias, e ali quase nos cria a sensação de participantes, contemporâneos do tráfico.
Ao folhearmos o livro, de autoria da historiadora Kátia Mattoso, num primeiro contato, observamos logo algo de muito importante para o seu entendimento. Tabelas, gráficos, números. A quantificação de elementos históricos, ou a quantificação de elementos que apenas a partir daí se tornarão históricos. Este é o primeiro sentimento em relação aquele livro.
Quando realmente paramos para ler o texto de Katia Mattoso, descobrimos aí novos atributos seus. A sua história quantitativa nos faz lembrar Fernand Braudel em seu "Mediterrâneo..." forçando-nos a imaginar as distâncias ou o os tempos para percorrê-las. Imaginar. É este o verbo que podemos recorrer quando falarmos do livro "Ser escravo...".
Kátia Mattoso nos transporta para o momento das perseguições na África, dos acordos entre os líderes africanos e os europeus, das trocas de mercadorias, das repugnantes viagens de até 70 dias, e ali quase nos cria a sensação de participantes, contemporâneos do tráfico.
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O cotidiano que ela descobre nos documentos, seja ele induzido, imaginado, ou mesmo entendido através de uma "lógica" histórica, ou através dos números, nos deixa por vezes perplexos com a vida do escravo no período em que a escravidão esteve legal no Brasil Colonial ou da fase do Império.
As quantidades são obvias na primeira parte do livro, enquanto as segunda e terceira partes são mais restritas as histórias cotidianas e das estruturas da categoria escravo na sociedade, suas solidariedades, seus preconceitos, seus "jeitos"...
A partir deste post, e nos próximos, vou repassar para os leitores do blog o resultado da análise do livro.
As quantidades são obvias na primeira parte do livro, enquanto as segunda e terceira partes são mais restritas as histórias cotidianas e das estruturas da categoria escravo na sociedade, suas solidariedades, seus preconceitos, seus "jeitos"...
A partir deste post, e nos próximos, vou repassar para os leitores do blog o resultado da análise do livro.
3 comentários:
OLÁ.
CONHEÇO O LIVRO. KATIA MATOSO ESCREVE MUITO BEM.
O livro é de história, não de literatura...
Achei que apesar de ela estudar um ramo em que a historiografia é dominantemente marxista (no sentido de visão dos oprimidos), conseguiu se sobressair justamente por diferir dessa visão. Muitas vezes senti um toque dramático muito acentuado, mas nada que mereça ser desprezado. Pelo contrário, uma profissional do nível dela só merece prestígio!
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