sábado, 24 de janeiro de 2009

A Falácia da Educação Estatal (1ª Parte)

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Hoje em dia discutimos, horas e horas, sobre cotas para negros e para estudantes da rede pública. Ou seja, no fim das contas, para aqueles que durante toda a história do país foram prejudicados pelas questões que todos bem conhecem: Escravidão, Capitalismo Selvagem, Corrupção, Racismo, etc.

O anarquista Mikhail Bakunin, há uns 130 anos atrás, já perseguia esta questão, com seus posicionamentos em prol das classes trabalhadoras.

"A primeira questão que temos de considerar hoje é esta: Poderá ser completa a emancipação das massas operárias enquanto recebam uma instrução inferior a dos burgueses ou enquanto haja, em geral, uma classe qualquer, numerosa ou não, mas que por nascimento tenha os privilégios de uma educação superior e mais completa? Propor esta questão não é começar a resolvê-la ?

Não é evidente que entre dois homens dotados de uma inteligência natural mais ou me­nos igual, o que for mais instruído, cujo conhecimento tenha se ampliado pela ciência e que compreendendo melhor o encadeamento dos fatos naturais e sociais, compreenderá com mais facilidade e mais amplamente o caráter do meio em que se encontra, que se sentirá mais livre, que será mais hábil e forte que o outro ?

Quem souber mais dominará naturalmente a quem menos sabe e não existindo em princípio entre duas classes sociais mais que esta só diferença de instrução e de educação, essa diferença produzirá em pouco tempo todas as demais e o mundo voltará a encontrar-se em sua situação atual, isto é, dividido em uma massa de escravos e um peque­no número de dominadores, os primeiros trabalhando, como hoje em dia, para os segundos".

Mas não nos enganemos. Bakunin não esperava que o Estado fosse mudar as coisas, como os órfãos e viúvas de Marx sempre acreditaram. Ele não seria idiota a esse ponto. O que ele, e meio mundo de anarquistas, esperava era que o povo (os trabalhadores, em particular) tomasse essa responsabilidade em suas mãos. Organizando-se em sindicatos, cooperativas ou associações, e lutando e buscando uma vida melhor através delas.

Na próxima postagem mostraremos como os anarquistas vêm se posicionando em relação à educação estatal desde longas datas.

4 comentários:

Anônimo disse...

tudo que esses moços do estado popular fazem tem um único sentido: as próximas eleições...

Anônimo disse...

... pois se faz necessário que tudo continue como está. Para que eles - os moços do estado popular - se façam necessários!!!

Anônimo disse...

Escolas públicas e privadas são depósitos de crianças e jovens. Tornam os estudantes robots,sem vida, sem opinião, sem liberdade. liberdade nas escolas, participação comunitária e relações de conhecimento sem competição e avaliação. Escola é para ampliar conhecimento e não para punir. Por uma escola libertária e autogestionária

Anônimo disse...

Saquemos a nuestros hijos de las escuelas, que la anarquía empieza por casa.
Gestionemos espacios libres para que adultos y ninhos nos relacionemos con mutuo respeto, generando desde nosotros mismos las estructuras de comprensión. Delegar la educación en manos de "expertos", ya sean del estado o de cualquier otra institución, implica renunciar a nuestro deber (que al mismo tiempo es una oportunidad de crecer junto a los ninhos) y al mismo tiempo implica exponerlos a ser formateados, disciplinados, cohartados en su integridad y autonomía.
Si pretendemos acercarnos a la anarquía tenemos que dejar de exponer a los ninhos a las relaciones directivas que se dan en las escuelas, las iglesias, los clubes deportivos, las academias de música, etc., etc., etc.... y cualquier espacio donde alguien pretenda "ensenhar" algo ejerciendo poder y contra el deseo del individuo.