Observem só essas informações:
a - Mais de 70% da população brasileira vive em estado de pobreza;
b - Morriam, em 2006, 34,5 crianças a cada mil nascidas na Bahia. No Brasil a taxa de mortalidade infantil (de zero a 5 anos) naquele ano era de 25 a cada mil nascidos. A mesma taxa na Argentina, para compararmos, foi de 15 óbitos para mil nascimentos;
c - Sem pesquisas confiáveis, considera-se que o analfabetismo no Brasil chega a mais de 30% da população com idade de leitura. O analfabetismo funcional chega a níveis bem maiores;
d - A desigualdade social no país não se altera, substancialmente, sem sacanagem, desde que Cabral chegou em Porto Seguro, há mais de 500 anos. Os Camargo, os Magalhães, os Maluf, os Tranchesi, que andam pelas notícias dos jornais que o digam.
Mas não é apenas no Brasil que isto acontece. E não nos deixemos enganar. Não é apenas sob a atual crise que as coisas estão piorando. A vida do trabalhador sempre esteve sob a batuta de uma ou outra crise. Sob a vigilância de gente que se encastelou no poder, e quer mantê-lo sempre como um cordeirinho, que deve aceitar tudo que for necessário para que aquela gente se mantenha em seus castelos. Até cartilhas audiovisuais de como encarar as demissões eles criaram, mostrando tudo nos "neutros" telejornais durante o dia.
A crise vem apenas aguçar uma situação, mais ou menos equilibrada em alguns países do Primeiro Mundo, que vivem as custas da desgraça absoluta de grande parte da população do resto do planeta.
A miséria existencial e concreta, de qualquer maneira, sempre esteve também dentro da casa dos países ricos:
- No Japão trabalhadores há muito tempo trabalham mais de 16 horas por dia;
- Segundo Noam Chomsky desde o governo neoliberal de Reagan, a quantidade de pobres só vem aumentando nos Estados Unidos;
- Na Europa faz tempo que estrangeiros são largados na periferia das suas cidades, morando em casebres bem parecidos com os de "nossas" favelas.
Com isso, e muito mais, com o qual poderíamos encher este blog durante muitos dias, só podemos chegar a uma conclusão.
A luta dos trabalhadores e explorados de todo o mundo é uma só. É a luta contra a sua exploração pelo Capital e/ou pelo Estado. É a luta por uma vida digna.
A prática, com a qual propomos dar andamento a esta luta, não caindo em armadilhas autoritárias e hipócritas, se baseia na Ação Direta e na Autogestão, ambas confrontando a legalidade burguesa e/ou estatal.
Nos próximos posts faremos pequenos resumos do que entendemos ser a tal Ação Direta e a Autogestão.
2 comentários:
como dizia os antigos lutadores contra a sanha egoísta do capital:
“a emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”
contra a loucura desse modo de vida sem vida, desse modo de vida sem prazer, sem alegria e sem poder desfrutar as coisas boas da vida, só um outro modo de viver, sem chefes, sem poder, sem precisar se vender. Pela autogestão da vida social, da vida em grupo sem a opressão.Vamos mudar o mundo através do apoio mútuo, sem a necessidade de patrões, autoridades e chefetes
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