A gente nasce, cresce e morre e parece que continua tudo igual no quartel de abrantes.
Quem dirá uma pequena folga de 15 dias de um cansativo semestre de trabalho e labuta.
Ontem acabaram-se realmente minhas férias... como dizem alguns colegas, agora só ano que vem (no meu caso que tiro sempre 15 dias só no semestre que vem).
Vamos lá...
Hoje tava dando uma observada naquele jornal do meio dia da Globo.
Além da velha notícia de que as bolsas do mundo estavam em queda vertiginosa, interessei-me por uma reportagem que poderíamos definir como de comportamento, ou lembrando o velho crítico do jornalismo, Pierre Bourdieu, de temas generalistas ou fúteis (que interessam mais aos interesses do dono do jornal do que ao público).
É isso ai. A reportagem abordava a forma com que o empregado deveria se comportar no local em que estivesse empregado.
Não pode usar roupa diferente dos outros colegas (mas parece que existe uma imposição na forma de se vestir - quem sabe uma nova Revolução Cultural a la China), não pode fazer fofoca (uma das poucas coisas que se faz com prazer no local de trabalho), por pouco não se disse que se tem de fazer média com o chefe (no Fantástico, há umas semanas atrás, uma reportagem de Max Gehringer, já havia feito essa sugestão)...
Bah...
Vira e mexe a gente fica vendo as mesmas bobagens na TV. Ou não seria tão bobagem ?
Se percebermos essa forma de discurso televisivo como o discurso ideológico dominante, talvez não seja tão bobo como pode aparentar.
Ali naqueles pequenos pontos discursivos, naquelas pequenas notícias que misturam entretenimento e manipulação de comportamento, estimula-se uma forma de se viver.
As TVs (e todo resto da grande mídia) têm sua função para aqueles que estão no poder. E com a ajuda dos idiotas e puxa-sacos de plantão, as notícias continuarão a ser parte do arcabouço manipulatório dos poderosos.
Nada de novo no front.
cb
2 comentários:
Além das tentativas de padronizar os comportamentos cotidianos e os pensamentos mais particulares e íntimos dos trabalhadores, os senhores dos anéis buscam aviltar mais ainda os parcos salários...
Aproveitando-se da crise de credibilidade nos gestores da economia, crise esta que campeia solta pelos quatro cantos do mundo, eles – os senhores dos anéis – impõem férias forçadas, reduzem a jornada de trabalho e de proventos e, também, demitem sem qualquer critério lógico...
Buscando assim a redução dos custos de produção, bem como melhores condições de financiamento de seus investimentos; muito em breve teremos um troca-troca de carros importados!
Quem viver verá! Eles sairão cada vez mais fortalecidos de mais esta crise, e isto com a ajuda do erário público administrado pelo governo dos trabalhadores (sic!)
De passagem, lembrei-me de um pequeno trecho de Michael Foucault: "O homem só se emancipa e se liberta através do esforço coletivo de toda a sociedade"
rsss. parabéns se vc conseguiu assistir a matéria até o final. eu começei a ver e desliguei a tv em seguida. pff.. grandes bobagens, como se modelar à moda do patrão.. rs.. []´s.
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