sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

PERIGO: GREVES OPERÁRIAS

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Por Yuri (Salvador - BA)

Como inimigas da ordem pública, as greves operárias, para Hitler, representavam uma grande ameaça, denominadas de “Perigo Vermelho”. Isso explica o culto do ódio ao comunistas e as politicas anti-comunistas na Alemanha Nazista, desde 1933. Em 1940, os comunistas, na cladestinidade, conseguem montar novos grupos de resistência, em Berlim, Hamburg e Ruhr. Atuavam principalmente nas fábricas, distribuindo panfletos e materiais impressos. Depois a GESTAPO (Polícia Política), diversas vezes consegue infiltrar agentes e assim, novamente, destruir os grupos comunistas.

O período ditatorial no Brasil, do Estado Novo de 1930-1945, marca pelo controle dos sindicatos e implantação do Peleguismo, orientação sindical submetida aos interesses dos patrões. Durante os governos militares (1946-1985), temos o aparelhamento do Estado, com a criação de uma série de organismos de controle e repressão. A atuação das tropas da Força Pública, da Polícia Federal, da CIA e do SNI aparecem como os principais agentes de cassação e desmobilização do movimento sindicalista.

A LEI N 4.464 ou/Lei Suplicy de Lacerda de 1965, à qual vinculava as entidades estudantis ao governo. As Uniões nacionais e estaduais (UNE E A UNIÃO ESTADUAL DOS ESTUDANTES) foram substituidas por organizações subordinadas ao Ministério da educação. O SNI (SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES) criado em em junho de 1964 tinha como finalidade detectar movimentos subversivos dentro do país(RAGO FILHO,1998:6) tendo Golbery do Couto e Silva, como mentor/responsável por/do SNI no Brasil (D'ARAÚJO E SOARES, 1994:14) além de outros, o (SOPS) SERVIÇO DE ORDEM PÚBLICA E SOCIAL; DOPS/PF- DEIC; FORÇA PÚBLICA; AI-5 (AIT 5/1968).

"A Lei Suplicy além de extinguir a UNE, eliminava os Centros Acadêmicos, criando os Diretórios Acadêmicos, que estariam sob o controle direto das instituições de ensino. Os Diretórios acadêmicos, estando atrelados às direções das faculdades ou universidades, deviam apresentar e submeter a estas suas contas, suas atividades culturais. O Ato Institucional nº 5 e o decreto 477 vinham reforçar as medidas repressivas, oferecendo os instrumentos legais para promover o desmantelamento do movimento estudantil." (Carlos Benedito Martins-PUC-SP,em PRIVATIZAÇÃO:A POLÍTICA DO ESTADO AUTORITÁRIO PARA O ENSINO SUPERIOR)

O processo de re-democratização do país tem início em 1980, com a lei de anistia e a abertura política, e depois com a constituição de 88, à qual garante os direitos humanos contra as arbitrariedades do Estado, direitos do cidadão, direitos sindicais, direitos trabalhistas e o fim da censura, proibe a pena de morte, a tortura e a censura. Restabelece o Habeas-corpus, e estabele outros: o habeas-data, o mandato de segurança, o mandato de injunção; Ação Popular. 

Se por um lado a nova constituição protege o cidadão do militarismo, e fora desenvolvida justamente com esse intuito. Hoje, nos setores militares (exército, polícia militar e das polícias), há uma grande referência ao que se assemelha à cultura do nazismo e fascismo de 1930, sendo esta mera cultura de reprodução e não consegue se justificar como ideologia racional, mas sim como ideologia do irracionalismo (SCHMIDT,MARIO.NOVA HISTORIA CRÍTICA DO BRASIL.ED. NOVA GERAÇÃO).

Os grupos de extermínio, abuso de autoridade, são hoje problemas sociais sem solução, a perseguição e infiltração dentro dos movimentos sociais, nacionalismo-patriotismo extremado, praticamente ainda é o espelho dos militares no Brasil. A discussão do aumento das penas, de políticas legislativas de criminalização, ou que beneficiam grupos ou classes isoladas ou até de censura ainda são frequentes no país. Nos exércitos anarquistas, formados durante a revolução espanhola, a hierarquia militar praticamente não existia. O nacionalismo, assim como o autoritarismo, era combatido e o exército, formado também por soldados voluntários vindos de outros países.

O cenário atual do governo brasileiro ganha caráter representativo-participativo, dando inserção ao que se chama hoje no mundo de democracia-participativa, com a criação dos conselhos (JORNAL DO SENADO. ANO XII. Nº 2.382/82. JUN/06), Embora que a reforma sindical do governo continua a ameaçar a autonomia, e a liberdade sindical. Direitos perdidos com o trabalhismo de Vargas. Ameaça à ressurgência da crise do sindicalismo brasileiro. 

Ao que eles chamam de CRISE SINDICAL DA DÉCADA DE 1990 - com o aumento do desemprego, desmobilização dos trabalhadores, diminuição da atividade sindical, e diminuição de filiados. Do outro lado està o conflito com o patronato, o assédio moral, as ameaças de demissões, e a retirada de direitos conquistados, inserção da idéia do operário de boa índole aquele que não faz greve**(O MESMO QUE **CULTO À PERSONALIDADE: MANIPULAÇÃO DE OPINIÃO;CARACTERISTICO DE REGIMES DITATORIAS-TOTALITARISTAS;NAZISMO), praticamente ameaçam domesticar o trabalhador.

No período de 1964-1968 o sindicalismo brasileiro ganha caráter particular, apesar de todos esses organismos de controle, nesse período, os sindicatos desencadeiam uma série de greves contra o arrocho salarial. Após o AI-5, o número de greves diminui e o MIA – MOVIMENTO INTERSINDICAL ANTIARROCHO e a CGG - COMANDO GERAL DE GREVE, que depois passou a chamar-se CGT - COMANDO GERAL DOS TRABALHADORES, são cassados pelos militares.

Esses movimentos se dão sobretudo pela articulação do GRUPO DE OSASCO, operários-estudantes que viviam em Osasco, atuavam nos movimentos locais, e defendiam a criação de comissões de fábrica, união da luta operária a estudantil e a intervenção sindical [. . . ]

2 comentários:

Anônimo disse...

OLÁ. O TEXTO É GRANDE DEMAIS.

Anônimo disse...

Tá com preguiça, vá ver televisão.
agora o texto não fala do movimento libertário e do anarco-sindicalismo